terça-feira, 24 de março de 2009

Desilusões

O que é que acontece quando
Desiludes a tua própria alma?
O que é que acontece quando
Desiludes todos os que amas?

Ficas deprimido?
Choras?
Tens vontade de bater
No teu próprio corpo?

Eu sei qual é a sensação.
Muitos de vocês pensam
Que nunca senti tal coisa!
Pensam que sou sempre optimista!

Mas se eu não me sentisse assim,
Pelo menos uma vez na vida,
Não seria um ser humano.

Eu simplesmente escondo essa faceta,
Essa tão débil e fraca parte de mim.
E mais débil me sinto
Quando vocês me descobrem
A chorar no canto mais escuro do mundo,
Sussurrando palavras
Que a minha cabeça não quer ouvir.

Às vezes gostaria de sangrar,
Só para saber que ainda estou viva.
Mas para quê!?
Isso só pioraria o meu estado doentio!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Um Curto Momento Longo


É impressionante como o tempo é enganador. Ilusório...
Quando estou contigo, o tempo
parece escapar-me por entre as mãos
e todas aquelas horas
tornam-se em míseros segundos.

Olho-te nos olhos e
perco-me nesse teu mundo imenso e profundo.
Os teus olhos fecham-se ligeiramente.
É sinal de que sorris.
Eu retribuo esse sorriso, sem hesitar.
Creio que, graças ao meu sorriso,
o brilhar dos teus olhos aumenta.
Tornas-te "transparente"
e consigo ver que estás feliz.

Depois o teu olhar torna-se espelhado, atento.
Consigo ver os meus olhos reflectidos nos teus.
Agora entrei no teu mundo.
Já não quero sair daqui!

Baixo o olhar para ver o tempo:
Passou mais uma hora.
Tu elevas o meu queixo
com a tua mão, tão delicada e carinhosa,
fazendo-me olhar para ti,
para esses teus lábios perfeitos,
para esse teu rosto angelical.

A tua mão caminha sobre o meu maxilar
e pára no meu pescoço quente.
A tua mão está fria.
Mas eu gosto desse frio, tão reconfortante para mim.

Olhas-me nos olhos
e muito lentamente,
encostas os teus lábios nos meus.

Amo-te.
De repente, sinto uma vontade imensa
de te mostrar todo o carinho e amor que sinto por ti.
Coloco as minhas mãos
ao longo do teu pescoço e beijo-te.

Pousas as tuas mãos nos meus ombros
e deixo-as percorrer o meu corpo.
Depois envolves os teus braços
em volta da minha cintura,
provocando um agradável arrepio nas minhas costas.

Abraçamo-nos.
Por momentos, penso ter forças suficientes para poder parar o Tempo.
Bem sei que não...
Eu continuo a ser uma simples humana.
Uma em milhões delas!

E o Tempo não pára!
Nem nunca irá parar.
Mas afinal, o que é o Tempo?!
O que são horas? São minutos.
O que são minutos? São segundos.
E o que são segundos?
Tudo isto é uma regressão infinita.
Ninguém sabe o porquê do Tempo controlar a minha vida.
Ninguém sabe o porquê eu de não poder controlar o Tempo!

Várias horas passaram...
Tenho de me ir embora.
Tenho de me separar de ti.
E, embora seja só por poucos minutos, horas, dias,
a saudade que irei sentir
terá sempre a mesma cotação.
Sentirei sempre
um profundo e incalculável vazio.

quinta-feira, 5 de março de 2009

A Tua Partida

Não aguento estar ao teu lado
Sabendo que vais embora.
Isso entristece-me e
Deixa-me com uma profunda saudade.

O meu coração está numa enorme aflição,
Os meus olhos, lacrimejantes,
Com vontade de choram,
Os meus lábios não querem sorrir.

A minha cabeça é
Bombardeada com perguntas
Às quais não sei responder.
Ninguém sabe! Só o tempo saberá.

Sei que, ir embora daqui,
Deste lugar tão triste,
Será o melhor para ti.

Mas será que, ir para lá,
Para aquele lugar tão imundo,
Te irá fazer melhor?!

Tenho receio que tal lugar
Te faça sentir pior,
Que te destrua!

Mas compreendo a tua ida.
E, se é isso que queres,
Então, vai!

Isto não é um "adeus",
Mas sim, um "até já".

Eu não pretendo deixar-te.
Nunca irei abandonar-te!
Mas sabes que vai ser diferente.
Não vai ser o mesmo sem ti!

"Até já"!